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PAISAGENS CAPIXABAS CAPRICHADAS


"Pedra da Cebola" - Vitória

Exposição:

PAISAGENS CAPIXABAS CAPRICHADAS.

Abertura: 28 de Novembro 2012, quarta-feira, lua cheia, 20:00 horas.

Período: 28/11 a 31/04.

Horário: Todos os dias das 09:00 às 18:00 horas.

Endereço: Rua Antenor Pinto Carneiro, 66, Barra do Jucu, Vila Velha, ES, Brasil.

Telefone: (27) 3244-7115

www.galveas.com

ateliegalveas@gmail.com

AQUISIÇÃO: à vista 20% de desconto;

2 a 4 vezes, 10% de desconto;

5 a 10vezes, valor na parede ao lado da obra.

 

 

"Barrinha" - Barra do Jucu

"Rio Santa Maria e Mestre Álvaro" - Serra

"Barrão" - Barra do Jucu

"Rio Jucu e Moxuara" - Cariacica

"Moxuara e Rio Jucu" - Cariacica

"Forno Grande" - Castelo

"Minhas Flores Conceituais"

"Minhas Flores Conceituais"

"Frade e a Freira, perto" - Rio Novo do Sul

"Frade e a Freira, longe" - Rio Novo do Sul

"Arrecifes ano 1970" - Barra do Jucu

"Mar Azul" - Guarapari

"Pedra Azul" - Domingos Martins

"Setiba, lado sul" - Guarapari


"Setiba, lado norte" - Guarapari


"Setibão" - Guarapari

"3x4 Convento da Penha" - Vila Velha

"Subida da Penha" - Vila Velha

PAISAGENS CAPIXABAS CAPRICHADAS
(Publicado em A Tribuna, 27/11/2012)

Em 1966 participei do I Salão Nacional de Artes Plásticas do Espírito Santo. Minhas telas, consideradas de vanguarda, foram pintadas com piche que obtive raspando o primeiro asfalto da Av. Champagnat, Vila Velha. As pinturas consistiam em traços e figuras geométricas pintadas sobre telas brancas (influência da pop e da op-art, estéticas predominantes naquele tempo) e cobertas com veladuras (camadas finas, translúcidas) de betume dissolvido com querosene.
Recebi elogio de Homero Massena publicado em A Gazeta, 18 de setembro de 1966, em forma de crônica, que terminava assim: “A próxima exposição pessoal que fará Kleber Galvêas será apreciada pelos nossos conterrâneos momento em que verificarão a verdade do que aqui afirmamos”. Isso me deu confiança e muita ousadia.
Em 1967, com 19 anos, a bordo do cargueiro Loyd Nicarágua, embarquei para Barcelona. Nos museus da Europa ocidental devorei os pintores clássicos e modernos; fiz curso de Gravura em Metal na Sociedade Nacional dos Gravadores Portugueses, em Lisboa; participei da restauração de palacete georgiano da Cambridge House, em Londres; e conheci vários artistas de vanguarda que atuavam em Portugal.
De volta ao ES, em 1969, tentei abandonar a pintura fazendo dois cursos na Ufes (Economia e Licenciatura em Ciências) e dando aulas para professores e crianças. Entretanto, em 1974, após casar e mudar para a Barra do Jucu resolvi me dedicar exclusiva e profissionalmente às artes. Em 1979 inaugurei meu ateliê, que continua aberto ao público.
O escritor que varia em forma, transitando pela poesia, crônica, ensaio, roteiro ou romance, não causa estranheza ao público. O conteúdo da sua obra revela sempre a mesma identidade. Do pintor é cobrada insistentemente a sua fixação em certa forma, estilo, temática, cores e até em materiais que usa. Não se deve esquecer que arte é o tipo de relação que se estabelece entre a peça oferecida pelo artista e o observador. A forma deve sempre servir ao conteúdo. O artista deve optar pelo melhor veículo para que o conteúdo (sua ideia, mensagem) alcance o público.
A exposição PAISAGENS CAPIXABAS CAPRICHADAS, que já está aberta com entrada franca, poderá ser visitada todos os dias das 9 às 18 horas. Permanecerá até 31 de março de 2013, e pretende sensibilizar o público com a beleza original da nossa paisagem.
Retomo o tema dos anos 1970, ainda mais aflito. A violenta e rápida transformação da nossa paisagem, principalmente do litoral, foi acelerada, comprometendo irreversivelmente a nossa identidade. Quando expus paisagens pela primeira vez na Sede Comunitária da Barra do Jucu, a proposta era caseira. Denunciávamos a ocupação irresponsável e desordenada do entorno da Barra e da Praia da Costa, acelerada com a abertura da Rodovia do Sol e com a conclusão da 3ª Ponte, e pedíamos a preservação de Jacaranema, última mata de restinga do litoral de Vila Velha. O sucesso parcial foi alcançado? Jacaranema continua suspensa por um fio. Ainda é área particular, pois os proprietários não foram indenizados na forma da Lei.
Pintando com capricho paisagens capixabas pitorescas e muito populares, procurei destacar e valorizar nossas características, tentando mostrar que persiste como política de Estado a demolição da nossa identidade física, psicológica e cultural.

Kleber Galvêas, pintor Tel. (27) 3244 7115 ateliegalveas@gmail.com


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