Kleber Galvêas – pintor tel. 3244 7115 atelie@galveas.com 01/07
ANTECEDENTES:
Quando o Tourinho lançou o livro “10 Desafios para a Gestão
Pública no ES” achei um acontecimento da maior relevância.
O chefe de reportagem da principal TV do ES abordar nossos problemas locais
de forma objetiva me pareceu surpreendente e de grande interesse social. Li
a meia página publicada em “política” de A Gazeta,
domingo, 17/12. Infelizmente o foco da matéria foi o Tourinho e não
sua obra. (Nossos jornalistas em geral fazem esta distorção.
Quantas vezes, após realizar um trabalho que obteve apoio de vocês,
na divulgação, ao realizar no mês seguinte algo diferente
e tentar divulgar, ouvimos: “você já teve apoio no mês
passado...”. Como se a noticia fosse o artista e não sua obra).
No “Saiba Mais” desta matéria, tem: nome, nascimento, família,
carreira. Nada sobre o livro e, principalmente, sobre o lançamento.
Na quarta-feira, não sabendo onde ficava o restaurante Palladium (palco
do lançamento), li A Gazeta para obter informações. Não
havia uma linha. Fui à peixaria e comprei A Tribuna: nada. Procurei
na Telelista 2006: nada. Liguei para a Telemar e me deram um número
de telefone que não atendeu nas 5 tentativas que fiz ao longo da tarde.
Liguei para o jornalismo da TV Gazeta e consegui a informação
imprecisa de que era perto da Igreja Santa Rita. Se um colega competente, elegante
e estimado, que apresenta um trabalho original, tem este tratamento, imagine
os simples.
No dia do lançamento do livro do Tourinho (17/12), a capa do Caderno
Dois foi “Abaixou a Poeira? Axé music enfrenta queda de público...” Um
equivoco (preposteração), se considerarmos que “Academia
de balé Lenira Borges completa 45 anos”, apareceu na metade da última
página. Lenira formou milhares de meninas e meninos ao longo destes
45 anos. O evento contou com a participação de 230 bailarinas
da academia. Se fosse feito um bom texto sobre o espetáculo, histórico,
retrospectivo, quantos jornais a mais seriam vendidos? Quantos seriam guardados
com cuidado por anos e anos? Que grau se empatia o veiculo alcançaria?
O que motivou o meu texto, Mídia Cultural Pelega, dito “pesado”,
foi a matéria do dia seguinte (18/12) “O exercício do olhar”;
uma coleção de impropriedades, coroadas com a legenda da última
foto “... construções inacabadas, numa referência
ao crescimento urbano acelerado”. Tudo bem, cada um faz o que é capaz
e continua assinando o jornal quem quer. Esta submissão, incondicionalmente
pelega, aos eventos do governo (MAES), ignorando o fator notícia e o
disposto no Artigo 215 da nossa Constituição, tem trazido grande
prejuízo para os agitadores culturais independentes (classificados automaticamente
como secundários) e para a própria Rede Gazeta, que publica,
gratuitamente, o que por Lei deveria ser pago pelo governo. Esta é a
essência da nossa crítica construtiva.
Neste contexto, meu artigo, documentado e sem palavrões, foi até leve,
se considerarmos que quarenta anos de atividade pública minha (assim
como o livro do Tourinho e a Academia da Lenira) não tiveram peso para
determinar maior atenção. Isto destoa da tradição
jornalística que trabalhos capixabas mereceram de outros editores.
Não sendo profissional da escrita, me coloco a sua disposição
para mais esclarecimentos. Neste ano novo, desejo o melhor para você e
A Gazeta, bem como, uma correção de curso para o Caderno Dois
(que se usem lentes convergentes para enxergar bem o que está perto).